De volta da Ásia, Lula vai se debruçar sobre a reforma ministerial. Até agora, tem apenas uma certeza. Quer demitir a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Os demais ministros que estavam na corda bamba ainda podem sobreviver no cargo, como Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário.
Também está aberta a discussão sobre a ampliação do PSD, de Gilberto Kassab, no governo. Hoje, o partido tem três pastas, duas das quais de grande importância e recursos: Agricultura, com Carlos Fávaro, e Minas e Energia, com Alexandre Silveira. A terceira pasta é a da Pesca, com André de Paula. Kassab quer mais.
Por enquanto, Lula fez três movimentos de reforma, todos ligados ao PT. Ou seja, muito mais para um rearranjo da casa do que para ceder espaço a partidos numa eventual aliança para 2026. Paulo Pimenta deu lugar a Sidônio Palmeira, na Secom; Alexandre Padilha deixou o Planalto para assumir a Saúde e Gleisi Hoffmann assumiu o posto dele na Secretaria de Relações Institucionais.
Agora, a mudança planejada no Ministério das Mulheres se dará mais pelo desempenho considerado insatisfatório da ministra do que para acomodar alguma aliada.
Ativista há 40 anos das causas feministas e de gênero, Cida Gonçalves tem sido alvo de críticas e denúncias dentro da própria pasta. Em janeiro, ela foi denunciada por suposto assédio moral contra outras mulheres da equipe. A ministra nega.