Aliados bolsonaristas de Tarcísio de Freitas dizem duvidar de que o governador deixe o cargo para concorrer à Presidência da República. Em conversas com esses aliados, Tarcísio elenca alguns pontos para entrar na disputa. Um deles é haver uma piora na economia e, outro, ser o candidato único, ungido pela direita.

Mas a previsão desses bolsonaristas mais experientes é que não haverá consenso em torno de um nome a não ser o de Bolsonaro, que continua impedido de concorrer. Já é dada como certa a manutenção das candidaturas de Ronaldo Caiado e Romeu Zema; e Ratinho Jr sinaliza intenção de concorrer, animado por pesquisas de opinião.

Outro ponto que tem sido considerado pelos aliados de Tarcísio é que, segundo eles, o estado de São Paulo seria implacável contra governadores que deixam o mandato para se lançar na disputa nacional. “Só aí ele perderia uns 30% de seus eleitores paulistas”, avaliou um parlamentar que tem conversado com o governador.

Não é bem assim. Em 2010, o então governador tucano José Serra deixou o governo para concorrer contra Dilma Rousseff. Perdeu a eleição nacional, mas abriu uma vantagem de quase 10 pontos sobre a adversária em São Paulo (54 a 46). Na eleição anterior, em 2006, Geraldo Alckmin perdeu para Lula nacionalmente, mas garantiu vitória em São Paulo e elegeu Serra governador.