O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já mapeou ao menos 15 projetos com potencial para atrair US$ 22,5 bilhões em investimentos para acelerar o processo de descarbonização do país. A meta perseguida pelo governo brasileiro é zerar as emissões de carbono até 2050.
Os projetos foram incluídos na Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica, um programa interministerial que é coordenado no BNDES pela diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, Luciana Costa (foto em destaque).
Confira abaixo os 15 projetos mapeados:
Acelen: a empresa desenvolve uma proposta de combustíveis renováveis de US$ 3 bilhões. O objetivo é produzir 1 bilhão de litros por ano de diesel verde e combustível sustentável para aviação (SAF) a partir de macaúba;
Corredores para a Vida: o projeto, liderado pela Ambipar Environment, busca US$ 95 milhões para restaurar 6.000 hectares e criar corredores ecológicos na Mata Atlântica;
Atlas Agro: o projeto prevê investimento de US$ 1,15 bilhão para a primeira planta de fertilizantes verdes em escala industrial no Brasil;
Biomas: o projeto tem previsão de investir US$ 150 milhões na restauração de 14.000 hectares de vegetação na Amazônia e na Mata Atlântica;
Fortescue: a empresa quer construir uma planta de hidrogênio verde de US$ 3,5 bilhões;
Projeto Caldeira: liderado pela Meteoric Resources, o projeto visa arrecadar US$ 425 milhões para financiar o desenvolvimento de métodos de extração de baixa emissão para elementos de terras raras;
Vale: a gigante do setor de mineração desenvolve um projeto para investir US$ 2,5 bilhões na construção de hubs industriais no Brasil para a produção de hidrogênio verde e hot-briquetted iron (HBI);
New Ag Nature Capital: o projeto prevê a plantação de cacau na região do cerrado na Bahia. Visa recuperar vegetação nativa, com investimento de US$ 780 milhões;
Casa dos Ventos: prevê a construção de usina de hidrogênio verde para a produção de amônia verde, com investimento de US$ 5 bilhões;
Circula: produção de argila ativada como suplemento cimentício para substituição do clínquer, com investimento de US$ 617 milhões;
Centaurus Metals: produção de níquel classe 1 de alto teor no Pará, com investimento de US$ 370 milhões;
Meteoric: projeto focado no desenvolvimento de métodos de extração de baixa emissão para elementos de terras raras, com investimento de US$ 425 milhões;
Mineração Serra Verde: expansão de uma mina de argila iônica para mineração de carbonato de terras raras, com investimento de US$ 1.1 bilhão;
Stegra: voltado à produção de HBI para descarbonizar a indústria siderúrgica, com investimento de US$ 2,9 bilhões;
Refinaria Riograndense: o projeto busca produzir diesel verde e SAF com oleaginosas de inverno, com investimento de US$ 900 milhões.
A ideia do governo é financiar parte dos projetos por meio do BNDES, de bancos privados e bancos multilaterais.