Fora da denúncia da PGR por tentativa de golpe, Valdemar Costa Neto conseguiu de Alexandre de Moraes uma decisão que lhe devolveu seu passaporte e itens apreendidos pela Polícia Federal em fevereiro de 2024, além de permitir que o chefão do PL volte a se comunicar com investigados, como Jair Bolsonaro.
Entre os objetos e valores que Valdemar havia pedido de volta a Moraes estão pouco mais de R$ 53 mil em dinheiro vivo, dois iPhones e três relógios de luxo — um Rolex, um Bulgari e um Audemars Piguet.
Um dos objetos mais inusitados levados pela PF da casa de Valdemar, no entanto, não estava na lista apresentada pela defesa do político: uma pepita de ouro de 39 gramas, avaliada em cerca de R$ 11,6 mil.
O advogado Marcelo Bessa, que defende Valdemar Costa Neto, disse à coluna que a pepita não foi incluída no pedido porque as apurações em torno dela foram desmembradas por Moraes e tramitam atualmente na primeira instância.
Um laudo preliminar da PF havia concluído que a pepita havia sido retirada de um garimpo artesanal fora do Brasil. O material não era compatível com as características de solo e formação de rochas da Amazônia. Essa conclusão é a aposta de Bessa para que o caso seja arquivado.