O Museu Guggenheim Bilbao, em colaboração com grandes coleções internacionais, inaugurou em fevereiro uma exposição inédita de Tarsila do Amaral. O foco da mostra é a formação de Tarsila no cubismo e a transição para um estilo único, profundamente influenciado pela cultura brasileira.
A exposição no Guggenheim, que vai até 1º de junho, inclui um raro exemplar de “nu cubista”, da década de 1920 — existem apenas três, todos em coleções privadas e de difícil acesso. A obra integra um conjunto da exposição sobre a formação de Tarsila no cubismo enquanto "escola de invenção", fundamental para um estilo pessoal classificado pela artista como "brasileiro" e “moderno”.
O público, no entanto, nota na mostra a ausência de "A Negra", uma das obras mais emblemáticas de Tarsila do Amaral, que esteve na exposição “Pintando o Brasil moderno”, no Museu de Luxemburgo, em Paris, entre outubro de 2024 e fevereiro, mas não seguiu para o Guggenheim de Bilbao.
O Guggenheim disse à coluna que “A Negra” é uma tela muito requisitada em mostras nacionais e internacionais e está no centro do novo esquema de apresentação da exposição permanente do Museu de Arte Contemporânea da USP. A mostra foca a representação do negro na arte moderna.
Em novembro de 2024, enquanto esteve na capital francesa, a icônica obra de Tarsila foi tema de dois dias de estudos sobre sua história e recepção desde a década de 1920 até aos dias de hoje.