Pouco depois de publicar a nota em que parabenizou e desejou sorte a Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu no Palácio do Planalto o ex-chanceler Celso Amorim, agora assessor especial da Presidência. A própria nota havia sido alinhavada com Amorim. Segundo pessoas próximas, coube ao ex-chanceler tratar com o presidente de tudo o que dizia respeito ao tema.
A reunião entre os dois no Planalto, com a manifestação já publicada, Celso Amorim e Lula analisaram o cenário político e as perspectivas para a relação entre Brasil e Estados Unidos a partir da vitória de Trump. A nota de Lula veio a público depois que outros líderes mundiais já haviam se manifestado, entre eles o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Lula optou por se manifestar apenas depois de Trump garantir oficialmente votos suficientes para o novo mandato, sem chances de ser superado pela concorrente Kamala Harris.
“Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”, escreveu o presidente brasileiro.
Durante a votação e a etapa inicial de apuração dos votos, Lula foi municiado o tempo todo por informações repassadas por Celso Amorim. Também recebeu boletins informativos e ouviu comentários e avaliações de ministros com os quais se reuniu, entre eles Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais.