Como em uma entrevista, o escritor e editor Julius Wiedemann fez quase 200 perguntas ao ChatGPT. Queria saber tudo sobre a formação e a filosofia por trás da Inteligência Artificial. Assim, conseguiu que ela contasse sua própria história no livro “IA, uma autobiografia”, que chega às livrarias este mês pela editora Afluente.

A obra mergulha nas influências intelectuais que moldaram essa entidade digital, dialogando com nomes como Alan Turing, Claude Shannon e Marvin Minsky. Partindo das origens acadêmicas em Cambridge até a Conferência de Dartmouth, em 1956 — quando termo "inteligência artificial" foi cunhado por John McCarthy —, o livro traz toda a evolução da IA.

E ChatGPT não foi apenas paciente das perguntas. Por sua vez, fez seus próprios questionamentos para também entender o que pensam e o que esperam os humanos que a criaram.

A IA, segundo Wiedemann, é um espelho de nós mesmos: imperfeita, complexa, e inevitavelmente integrada à forma como vivemos e construímos o mundo. "Não podemos mais ignorá-la", afirma.

Com uma carreira sólida como editor na renomada Taschen, onde atuou por 20 anos, e mais de 150 títulos no currículo, Wiedemann é reconhecido por obras que transitam entre cultura, arte e inovação, como "The computer" e "21 Tribos para Entender o Século 21", além do livro biográfico “Meia-lua inteira: A constelação mística de Carlinhos Brown”.