O Palácio do Planalto está costurando com líderes na Câmara uma saída para engavetar o projeto de lei da anistia. O discurso do governo é que a tramitação desse projeto de lei poderia ser lida como uma afronta do Parlamento pelos ministros do STF.
Para os petistas, o projeto de lei pode ser mal recebido pelo Supremo, até mesmo porque Jair Bolsonaro e os demais líderes da tentativa de golpe sequer foram julgados. A relação do Congresso com o STF já sofreu desgastes nos últimos anos e, em discursos diversos, os bolsonaristas sobem cada vez mais o tom contra os ministros.
O PlatôBR revelou, na quarta-feira, 9, que o presidente da Câmara, Hugo Motta, tenta negociar com Lula uma saída colegiada, em que se uniriam os Três Poderes, para diminuir o peso das penas que têm sido impostas aos manifestantes do 8 de Janeiro. Seria uma alternativa ao projeto de lei que prevê anistia geral e que incluiria os autores da tentativa de golpe, hoje réus no STF.