A articulação do governo Lula para que deputados da base retirassem apoio ao requerimento de urgência do projeto da anistia fez com que o PL protocolasse o pedido antes do planejado.
O partido planejava protocolar o requerimento de urgência apenas na próxima semana, após a reunião de líderes, mas avaliou que a movimentação do PT poderia prosperar e que o número de assinaturas poderia cair para menos de 257.
Integrantes do Palácio do Planalto e lideranças do PT na Câmara dos Deputados ligaram para parlamentares da base, negociando a retirada do apoio. Quando o PL começou a receber pedidos de remoção de assinaturas, o líder do partido decidiu protocolar o requerimento.
Na última sexta-feira, 11, o PL alcançou o número necessário de assinaturas — 257 — no requerimento de urgência para pautar o projeto da anistia. No início daquela semana, o partido contava com o apoio de 163 deputados.
Mesmo com o número de assinaturas alcançado, o presidente da Câmara, Hugo Motta, não é obrigado a colocar o requerimento em votação. As assinaturas servem apenas como uma demonstração de apoio à matéria. Lideranças do PL, no entanto, afirmam que Motta deve seguir a “vontade” da maioria.