A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Palácio do Planalto começou a preparar a viagem para o Vaticano, onde ocorrerá o funeral do papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral) com consequências para o coração. O petista vai para Roma acompanhado pela primeira-dama, Janja. 

Lula se considerava amigo do pontífice, manteve com ele uma relação afetiva segundo fontes próximas ao presidente. Os dois se encontraram em diversas ocasiões, inclusive antes de Lula voltar à Presidência da República, em 2023. 

Os detalhes como data e horários ainda estão sendo fechados. Tudo depende do roteiro que o Vaticano seguirá para o funeral do pontífice. Também deverão ser feitos convites a autoridades brasileiras que gostariam de ir ao funeral.

Vale lembrar que em 2005 Lula estava em seu primeiro mandato e convidou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney para acompanhá-lo na viagem rumo ao funeral do papa João Paulo II. Em Roma, a comitiva que incluía os ex-mandatários, se encontrou com Itamar Franco, outro ex-presidente, que servia como embaixador na Itália. Na época, o único ex-presidente não convidado foi Fernando Collor.

Segundo fontes do Planalto, Lula já havia manifestado intenção de visitar o papa Francisco antes da morte do pontífice devido a série de internações pelas quais o papa passou por causa de uma bronquite, de complicações respiratórias e uma pneumonia.

Lula se preocupava com a saúde do papa da mesma forma que o pontífice se preocupou com as internações vividas pelo petista por ocasião da queda no banheiro do Palácio da Alvorada que ocasionou uma pancada na cabeça. Em fevereiro, o papa chegou a perguntar à primeira-dama Janja da Silva sobre o estado de saúde de Lula após as cirurgias às quais ele foi submetido na cabeça, em consequência da queda.