O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou nesta quarta-feira, 4, a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após sua fuga do Brasil. Moraes também determinou que a Polícia Federal inclua o nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, visando sua captura internacional.

“No caso de Carla Zambelli Salgado de Oliveira, é inequívoca a natureza da alegada viagem à Europa, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, em razão da proximidade do julgamento dos embargos de declaração opostos contra o acórdão condenatório proferido nestes autos e a iminente decretação da perda do mandato parlamentar”, diz Moraes na decisão.

A decisão também determina o bloqueio de seus passaportes, inclusive o diplomático. Além disso, impôs multa diária de R$ 50 mil caso haja “postagem nas redes sociais suas ou de terceiros que reiterem condutas criminosas”.

A decisão de Moraes ocorre após a condenação de Zambelli a dez anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o próprio ministro. Além da condenação por invasão ao CNJ, Zambelli enfrenta outra sentença de cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, decorrente de um episódio em que perseguiu um jornalista armada em São Paulo, em 2022. Com a soma das penas e a fuga do país, a situação jurídica da ex-deputada se agravou significativamente.