O vaivém do IOF, com o aumento proposto pelo governo e seu recuo parcial, gerou três milhões de interações e 27 mil menções nas redes sociais. Entre 27 de maio e 3 de junho, as postagens atingiram um alcance potencial de 395 milhões de perfis.

As informações constam do relatório do Núcleo de Integridade da Informação, da agência Nova, uma das empresas de propaganda que atendem o governo.

Embora com menos impacto do que as crises do Pix e do INSS, o tema IOF superou nas redes, no dia 29 de maio, as menções ao escândalo previdenciário. As menções, que envolveram a opinião de muitos influenciadores e parlamentares de direita, chegaram ao pico com a declaração do ministro Fernando Haddad de que “não há alternativas” à medida.

De acordo com o relatório, “a fala foi interpretada como pressão sobre o Congresso e combustível para narrativas de descontrole fiscal”. O ministro foi alvo de postagens de desinformação e que ressuscitaram memes e críticas, com a afirmação de que “Haddad é uma máquina de taxar”.

A análise destaca três dos principais perfis que mobilizaram as narrativas de direita e de ataque à medida e ao governo: Jair Bolsonaro, Nikolas Ferreira e Carla Zambelli, que, com prisão decretada e foragida na Itália, teve suas redes sociais suspensas pelo STF.