Depois de prestar depoimento por cerca de quatro horas na Primeira Turma do STF, nesta segunda-feira, 9, Mauro Cid não quer acompanhar os interrogatórios dos outros réus do principal núcleo da ação penal por tentativa de golpe.

Os advogados de Cid pediram a Alexandre de Moraes dispensa de comparecer à Corte nas oitivas previstas até sexta-feira, 13, incluindo a de Jair Bolsonaro.

Por ter fechado uma delação premiada, Cid foi o primeiro réu a ser interrogado. A ordem dos depoimentos dos outros réus é alfabética. A oitiva do ex-presidente deve ocorrer nesta terça-feira, 10, ou na quarta-feira, 11, a depender do andamento dos interrogatórios.

A Moraes, a defesa de Mauro Cid afirmou que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro “já prestou depoimento, não tendo mais nada a acrescentar ou esclarecer ao Juízo, permanecendo, evidentemente, à disposição para qualquer outro esclarecimento que se fizer necessário”.

Em seu depoimento, nesta segunda, Cid reafirmou que Bolsonaro “enxugou” a minuta de decreto golpista que previa a prisão de autoridades. Segundo o delator, apenas Alexandre de Moraes teria sido mantido como alvo da ordem ilegal.