A briga entre o governo e o Congresso Nacional em torno do aumento do IOF terá o fim de muitos outros conflitos políticos: ser decidida pelo STF. Depois que o presidente Lula decidiu judicializar o tema, o Psol saiu na frente e entrou com uma ação no Supremo para questionar a decisão do Legislativo de derrubar o aumento do imposto.

O argumento é que os parlamentares infringiram o princípio constitucional da separação de Poderes e usurparam competências do Executivo. A expectativa é que o governo também acione o Supremo pelo mesmo motivo.

O último dia de atividades do tribunal antes do recesso é na segunda-feira, 30. Não há sessão de julgamentos programada para esse dia, e é pouco provável que o presidente, Luís Roberto Barroso, convoque uma sessão extra para analisar a questão no IOF.

Durante os primeiros quinze dias do recesso de julho, o ministro Edson Fachin, vice-presidente do tribunal, ficará de plantão para decidir pedidos urgentes que cheguem na Corte. Barroso fará isso na segunda metade do mês.

No entanto, a ação do Psol foi sorteada para a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Ele vai trabalhar durante o recesso, porque está conduzindo as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. Portanto, a decisão sobre conceder ou não uma liminar no caso do IOF deve ficar a cargo dele.

A partir de agosto, quando o tribunal voltar a funcionar, a ação seria encaminhada ao plenário para a análise dos onze ministros.