A ex-influenciadora digital e ex-modelo Mariana Ferrer transformou as agruras por que passou, da violência sexual à institucional, em um estudo para sua conclusão do curso de Direito. O trabalho, intitulado “Estupro simbolicamente como crime de guerra à luz do caso Mariana Ferrer” recebeu nota 10 no Mackenzie.
A apresentação do TCC, na quarta-feira, 2, teve um público de peso, com nomes como o da ministra Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar; Luciana Rocha, juíza auxiliar da Presidência do CNJ; Ubiratan Cazetta, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR); e Vanja Andréa Santos, presidente da União Brasileira de Mulheres (UBM).
A banca examinadora teve Reinaldo Rossano Alves, defensor público do Distrito Federal e coordenador do Núcleo de Execuções Penais; a delegada aposentada e advogada Eneida de Britto Taquary; e Catharina Taquary Berino, doutora em Direito e membro do Observatório das Múltiplas Violências Contra a Mulher da OAB no DF.
Mas foi uma presença remota que marcou o evento. Em videoconferência, Maria da Penha defendeu o estudo de Mari Ferrer e destacou sua luta por justiça. As duas mulheres dão nomes a leis de proteção às mulheres.
Maria da Penha deixou um recado:
”Não desistam. A justiça pode parecer distante. Muitas vezes ela é. Mas ela também pode ser conquistada com coragem, com rede de apoio, com denúncia, com mobilização. Não se cale, procure ajuda.”