A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 5, um suspeito de envolvimento no ataque hacker contra a empresa de tecnologia C&M Software, responsável por integrar instituições financeiras ao sistema de Pix. A prisão aconteceu em São Paulo, com apoio da Delegacia de Crimes Cibernéticos. Segundo a PF, o ataque causou prejuízo estimado em cerca de R$ 1 bilhão.
O suspeito é funcionário terceirizado da própria C&M. Conforme antecipado pelo PlatôBR, as investigações apontavam para a participação de funcionários ou colaboradores da empresa. Segundo a PF, o homem disse ter repassado login e senha aos criminosos, após receber uma oferta de R$ 5 mil. O acesso permitiu a entrada no ambiente da empresa e viabilizou a fraude contra o sistema financeiro.
O rombo bilionário foi revelado pelo Brazil Journal na terça-feira, 1º. avanço da investigação mostra que o sistema de Pix falhou. No caso, a fragilidade apareceu no quadro de funcionários da C&M, que se disponibilizou para ajudar nas investigações. Estima-se que esse tenha sido o maior ataque hacker sofrido pelo Banco Central na história.
Após a descoberta do rombo, o Banco Central determinou o bloqueio imediato da integração da C&M ao SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), o que afetou temporariamente a operação de diversas instituições financeiras.
A investigação segue em andamento e apura os crimes de invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro.