Recém-filiados ao PDT, os Requião querem subir em peso no palanque eleitoral de 2026 no Paraná. Enquanto Roberto Requião deve buscar o Senado, o deputado estadual Requião Filho pretende se arriscar ao governo do estado.

Em conversa com a coluna em Brasília, Requião Filho deixou clara sua decepção com o PT, partido ao qual foi filiado nos últimos três anos.

“Só apoio o Lula por falta de opção”, disse o deputado, que acaba de se filiar ao PDT, aliado histórico do petista e ocupante do complicado Ministério da Previdência. Participaram do ato de filiação dos Requião, nesta quarta-feira, 16, o ministro Wolney Queiroz e o antecessor dele na pasta, Carlos Lupi, presidente do PDT, demitido por Lula em meio ao escândalo do INSS.

À direita, o maior adversário de Requião Filho entre os cogitados ao governo do Paraná é o senador Sergio Moro, do União Brasil. Outro nome forte é o ex-prefeito Rafael Greca, do PSD. Embora seja do mesmo partido e componha o governo de Ratinho Júnior, Greca ainda não recebeu o apoio explícito do governador.

Requião Filho diz acreditar que não receberá o apoio do PT na provável disputa contra Moro. A legenda deve apoiar o ex-deputado petista Enio Verri, hoje CEO da Itaipu Binacional. Para o deputado, o PT priorizou a tática de “eleger deputados e fazer palanque para Lula”, evitando confronto com candidatos mais à direita.

Já o ex-governador Roberto Requião deve resistir à proposta de se candidatar a deputado federal e virar puxador de votos. Ele vai insistir na candidatura ao Senado.

A ida da família Requião para o PDT está sendo vista como um ativo importante para o partido no Paraná, onde a legenda tem minguado. De 2018 para 2022, caiu de três deputados para apenas um.