A Praça dos Três Poderes voltou a ser isolada neste sábado, 26, pela Polícia Militar por riscos de segurança e temor de um novo Oito de Janeiro. O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou reforço policial e isolamento dos prédios do STF, do Congresso e do Planalto, depois que um acampamento de apoiadores de Jair Bolsonaro começou a ser montado no local.
O protesto teve início com o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), que montou uma barraca em frente ao STF por volta das 17 horas de sexta-feira, 25. Lopes tinha um adesivo na boca em protesto as medidas restritivas de manifestações impostas por Moraes ao ex-presidente. Afirmou que faria “um jejum de palavras”. Os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB) Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-DF) juntaram-se ao ato.
No início da noite de sexta-feira, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu medidas cautelares de remoção imediata dos acampados. Moraes deu ordem no mesmo dia para que a Polícia Militar retirasse os manifestantes e o acampamento do local. No despacho, determinou que a remoção fosse imediata, mesmo que fosse necessário o uso da força.
Por volta da meia-noite, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi até a Praça dos Três Poderes para conversar com Hélio Lopes e negociar o desmonte e a saída dos acampados da área. A Polícia Militar informou que monitorava o movimento desde sua formação e intensificou a presença e as rondas na região.
Em ordem complementar já neste sábado, Moraes determinou o isolamento da Praça dos Três Poderes. A medida abrange ainda a Esplanada dos Ministério e quartéis das Forças Armadas, “para evitar novos eventos criminosos semelhantes aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023”. “Determino a proibição de qualquer acampamento em um raio de 1km da Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios e, obviamente, em frente aos quartéis das Forças Armadas”, escreveu.