O governador Ronaldo Caiado, pré-candidato a presidente da República, vai atuar para sair da convenção do União Brasil, na terça-feira, 19, com a definição do desembarque do partido do governo Lula. Nos últimos dois meses, líderes da legenda têm dado declarações nesse sentido, a exemplo do presidente Antônio Rueda. A legenda tem três ministérios e muitos cargos que teriam de ser devolvidos, o que pode levar o União a arrastar a decisão por mais tempo.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, é o único de fato filiado ao partido — os outros dois são indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, um dos líderes da sigla mais contrários ao desembarque. E Sabino não tem demonstrado a mínima intenção de deixar o governo. O ministro está imbuído da força-tarefa de uma das principais missões do governo, a COP30. Em suas mãos, está resolver um problema que tem comprometido o evento: o preço das hospedagens em Belém, sede da COP.

Caiado disse a interlocutores estar confiante de que a convenção vai decidir pelo desembarque, apesar do peso que o partido ocupa e da recente e pequena melhora de imagem do governo.

A convenção do União Brasil é a última antes da formação da federação com o PP, outro partido que está no “sai ou não sai”.