Enquanto sonha com uma candidatura à Presidência, que lançou na semana passada, Romeu Zema tem em Minas Gerais uma lição de casa que não parece tão fácil assim para as eleições de 2026.

Números da Quaest divulgados nesta sexta-feira, 22, mostram a terceira queda seguida na aprovação de Zema, que também viu a desaprovação crescer nos últimos três levantamentos do instituto de pesquisa.

Segundo a Quaest, 55% aprovam o governo Romeu Zema (eram 64% em dezembro e 62% em fevereiro); e 35% o desaprovam (eram 29% em dezembro e 30% em fevereiro). Não sabem ou não responderam 10% dos entrevistados. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Além da curva de aprovação ser um alerta ao governador mineiro, dados da pesquisa sobre a sucessão de Zema também preocupam. O levantamento aponta que 48% acham que o governador não merece eleger o sucessor de sua preferência, enquanto 46% acham que sim. Ele tem dito que seu candidato é o vice-governador, Mateus Simões, também do Novo.

A Quaest indica que o senador Cleitinho Azevedo, do Republicanos, lidera a disputa pela sucessão de Romeu Zema, com 28% da preferência, seguido pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, com 16%.

Zema baseia sua candidatura à Presidência nos bons resultados eleitorais — foi reeleito em primeiro turno em 2022 — e na aprovação que vinha tendo entre os mineiros. Esse histórico também fortalece sua posição em uma eventual negociação por uma vaga de vice-presidente, como admitiu em entrevista ao canal Amado Mundo.

Zema parte, afinal, de dois governos no segundo maior colégio eleitoral do país, o “swing state” brasileiro, conhecido por ser o estado em que todos os presidentes eleitos necessariamente venceram seus adversários.

A queda na aprovação, o aumento na desaprovação e a rejeição à influência de Zema em sua sucessão, no entanto, indicam que o governador deve corrigir a rota se quiser manter o próprio quintal como um ativo eleitoral.

Para o cenário em Minas Gerais, a Quaest ouviu 1.482 pessoas entre 13 e 17 de agosto.