Tarcísio de Freitas já conversou com Valdemar Costa Neto sobre um eventual ingresso no PL, mas aliados do governador paulista afirmam que a mudança só vai ocorrer se ele receber um convite do próprio Jair Bolsonaro, principal expoente da legenda e padrinho político de Tarcísio. A expectativa é que o ex-presidente acabe cedendo ao afilhado, apesar da grita de seus filhos contra ele.
A certeza de interlocutores do governador paulista é que ele só ficará no Republicanos se decidir concorrer à reeleição. O governador segue conversando com todos os partidos de centro e de direita, inclusive com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira. O Republicanos havia ensaiado a criação de uma federação com o MDB, mas a conversa empacou, o que enfraquece o partido para uma disputa nacional.
Outro caminho a ser seguido por Tarcísio, mas que seus aliados vêem como mais remoto, é o ingresso no PP, que formou uma federação com o União Brasil. Os dois partidos têm ministros no governo Lula, mas é forte a ameaça de desembarque do Planalto.
O que se tem como certo é que, nessa mudança de legenda, não há possibilidade de Tarcísio ir para o PSD, partido de seu vice-governador e presidido por Gilberto Kassab. Isso porque uma boa parte do PSD apoia o presidente Lula e o governador paulista encontraria resistência.
Apesar de o próprio Lula afirmar, em reunião ministerial, que Tarcísio será seu adversário na disputa presidencial, há ainda no entorno do governador um dúvida de que ele deixe o Palácio dos Bandeirantes para uma campanha ainda incerta, já que poderia se reeleger governador com mais facilidade, de acordo com as pesquisas de opinião.