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“Lula tira e bota quem ele quiser”, diz Márcio Macêdo sobre eventual saída do governo

Secretaria-Geral da Presidência é cogitada para abrigar Paulo Pimenta

Foto: Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, afirmou nesta terça-feira (17/12) em café da manhã com jornalistas que seu cargo está sempre à disposição do presidente Lula. "Ele tira e bota quem ele quiser, na hora em que quiser. É uma prerrogativa do presidencialismo, da democracia", disse o ministro, que completou: "Só tenho a agradecer. Ele não me deve nada".

A Secretaria-Geral tem sido um posto cogitado para abrigar o atual ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, cuja demissão é praticamente certa. Cogita-se, assim, que Macêdo deixe o governo e faça parte da executiva do PT, retomando o cargo de tesoureiro.

"Eu achava que não tinha inimigos. Descobri que tenho. Eu venho do Brasil profundo. Fui salvo pela educação. Sou um sobrevivente e isso deve incomodar muitas pessoas. Não Sou de São Paulo, não sou do Sul, do Sudeste", disse Macêdo, que é de Sergipe. "Todo dia alguém planta alguma coisa", completou.

Embora diga que o tema não lhe faz "mover um músculo" da face, o ministro fez questão de ressaltar que tem ligação próxima com Lula, alimentada nos últimos dez anos. Liderou as finanças do PT no auge do mensalão, coordenou as caravanas do petista antes da prisão e foi um dos personagens próximos do presidente durante sua prisão em Curitiba.

"Não muda nada o que eu sinto por ele, estando dentro ou fora do governo", salientou.

O ministro Márcio Macêdo informou à coluna que “não tem interesse, não foi consultado e não irá ocupar mais nenhum cargo no Partido dos Trabalhadores”. Ele disse já ter cumprido a “missão honrosa” de ser tesoureiro e não voltará à Executiva da legenda.

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