O secretário da Economia de Goiás, Francisco Sérvulo Freire Nogueira, foi alvo de uma denúncia de uma ex-servidora por suposto assédio sexual. A queixa foi oficializada em 2022 na Corregedoria da Secretaria da Economia do governador Ronaldo Caiado, mas até agora não teve desfecho.
Na época em que o processo administrativo disciplinar foi aberto, Francisco Sérvulo Freire Nogueira exercia o cargo de secretário adjunto na Secretaria de Economia. Uma então servidora, que não será identificada pela coluna, denunciou Francisco Sérvulo Freire Nogueira, que era seu chefe, por assédio sexual e moral.
Francisco Sérvulo Freire Nogueira é servidor originário do Ministério da Fazenda. O governo federal determinou em uma portaria, no dia 30 de julho deste ano, que servidores acusados de assédio moral ou sexual devem ser investigados e julgados pelo seu órgão de origem. Ou seja, a partir do segundo semestre deste ano, a atribuição de investigação deste caso é do Ministério da Fazenda.
No relato, que consta em um documento obtido pela coluna, a ex-servidora contou que foi perseguida por Francisco Sérvulo Freire Nogueira por aproximadamente um ano. A mulher disse que o secretário da Economia de Caiado fazia tentativas de aproximações com abraços “ostensivos e constrangedores”, elogios “indiscretos” e toques corporais não consentidos.
Francisco Sérvulo Freire Nogueira, ainda segundo o relato, continuava o suposto assédio para além do ambiente de trabalho. A ex-servidora disse em sua denúncia que o secretário de Economia do Goiás mandava mensagens para ela no WhatsApp convidando-a “insistentemente” para jantares e encontros em sua casa.
Na denúncia, a alegada vítima contou que os supostos assédios aconteceram também em almoços de equipe em restaurantes. O relato foi confirmado por servidores aos corregedores.
Uma das servidoras entrevistadas disse à Corregedoria da Secretaria da Fazenda que viu mensagens enviadas por Francisco Sérvulo Freire Nogueira à suposta vítima e que, em determinada situação, teve que intervir nas alegadas tentativas do secretário para levar a ex-servidora para casa. A testemunha disse também que viu Francisco Sérvulo Freire Nogueira supostamente passar as mãos na perna da vítima durante um evento.
Na denúncia, a alegada vítima contou também que após suas reiteradas negativas aos supostos assédios de Francisco Sérvulo Freire Nogueira, o secretário da Economia de Caiado passou a isolá-la dentro da pasta. O relato foi confirmado por testemunhas, que complementaram a denúncia alegando que o secretário também protagonizou diversos episódios de assédio moral contra servidores.
A coluna pediu um posicionamento de Francisco Sérvulo Freire Nogueira e do governo do Goiás à assessoria da imprensa do estado, mas não teve resposta. O espaço continua aberto para manifestações.