A regulamentação do vale refeição e do vale alimentação gerou discordâncias dentro do governo Lula. Dois ministérios divergem sobre o assunto.
A Fazenda abraçou a ideia de cortar as taxas de desconto cobradas dos lojistas nas vendas e reduzir o prazo de repasse aos lojistas, o que abriria espaço para a chamada “desintermediação”, podendo prever até mesmo um pagamento via Pix aos trabalhadores. O modelo é defendido pelos supermercados e promete reduzir o custo da cesta básica em até 2%.
Já o Ministério do Trabalho resiste, sob o argumento de que mudanças bruscas podem desorganizar o setor de vouchers e afetar pequenas empresas.
Lula tem atuado como árbitro do cabo de guerra. Sem acordo entre as duas pastas, a reforma do Programa de Alimentação do Trabalhador está travada. Segue pendente até mesmo a definição de um teto para as taxas cobradas.