Petistas viram com bons olhos os afagos de Eduardo Paes a Silas Malafaia no último domingo, 14. A avaliação nos bastidores é de que um possível apoio do bolsonarista Malafaia a Paes poderia, mesmo que não oficialmente, abrir portas para uma aproximação de Lula com o eleitorado evangélico.
“Silas, meu pastor, eu vim aqui para te dizer um negócio, em um momento complexo, esquisito do país. Independentemente de orientação política, quero dizer o seguinte: nós estamos do seu lado. Mexeu com o Silas Malafaia, mexeu comigo. Viva a vida de Silas Malafaia, esse grande pastor”, disse Paes durante culto de celebração do aniversário de Malafaia. Ele não comparecia à celebração há pelo menos três anos.
Filiado ao PSD e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Paes já declarou que apoiará a reeleição de Lula. O apoio será recíproco. Por isso, apesar do gesto público de reaproximação no domingo, não é certo que Malafaia vá apoiar o prefeito.
O líder religioso não pretende apoiar Rodrigo Bacellar, nome do governador Cláudio Castro e pré-candidato ao Palácio Guanabara pelo União Brasil. Presidente da Alerj, Bacellar também deve receber o apoio da família Bolsonaro.
Aliados de Malafaia avaliam que ele pode optar por não apoiar nenhum candidato ao governo do Rio em 2026, repetindo a postura da eleição municipal de 2024, quando só se posicionou politicamente no segundo turno carioca. Foi nessa ocasião, marcada por rusgas com Paes, que o pastor distribuiu, sem autorização, santinhos com sua imagem.