A decisão de Dias Toffoli que em julho anulou todos os atos e condenações da Lava Jato contra o doleiro Alberto Youssef, um dos protagonistas do petrolão, tem um novo interessado: o ex-vice-presidente da empreiteira Engevix, Gerson de Mello Almada.

Almada respondeu a um processo da Lava Jato ao lado de Youssef. Em 2015, ele foi condenado por Sergio Moro a 19 anos de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Em 2017, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de segunda instância, aumentou a pena para 34 anos.

Os advogados de Almada acionaram Toffoli nesta quarta-feira, 17, alegando que a situação dele seria igual à que levou à anulação das investigações e decisões da Lava Jato contra o doleiro.

A defesa argumentou que o processo está baseado em provas invalidadas pelo STF. Também alegou, com base em mensagens hackeadas do Telegram de procuradores da Lava Jato, ter havido conluio entre Moro e força-tarefa, com o ex-juiz orientando e trocando informações com o Ministério Público Federal.

Assim como Youssef, Almada também diz ter sido alvo de uma “instrumentalização” das investigações para atingir e incriminar políticos.