As casas de apostas detectaram o uso crescente de VPN por apostadores brasileiros para contornar a regra de um CPF por cadastro e também acessar sites estrangeiros. As bets de outros países, por vezes, apresentam ofertas melhores de retorno financeiro, o que tem atraído a atenção dos apostadores.

O que parece truque inofensivo esconde um problema milionário: ao se camuflar, o apostador tira a operação do radar fiscal e complica o rastreamento de ganhos e perdas.

A regulação do Ministério da Fazenda prevê que fraudes geográficas devem ser coibidas pelas próprias bets. A instrução normativa obriga que cada aposta seja validada via geolocalização, com bloqueio automático e reporte de tentativas.

Na prática, no entanto, as VPNs desafiam os sistemas de detecção. Grandes plataformas têm recorrido à inteligência artificial e inspeções profundas para tentar diferenciar conexões legítimas de camufladas.

Nas redes sociais, multiplicam-se vídeos e tutoriais de “como apostar de fora” ou “qual a melhor VPN para enganar as bets”.