Barrado por Hugo Motta de assumir a liderança da Minoria na Câmara, Eduardo Bolsonaro já faltou a 62% das sessões da Casa este ano. Desde 18 de março, ele não marca presença nem nas sessões remotas, das quais poderia participar dos Estados Unidos.

Já são 23 ausências injustificadas. Com o veto à manobra de se tornar líder, posição na qual não acumularia faltas, Eduardo se aproximará da cassação a cada nova ausência. Parlamentares que faltam a um terço das sessões deliberativas sem justificativa perdem o mandato. 

A expectativa na Câmara, é que, com a denúncia apresentada pela PGR nessa segunda-feira, 22, ficará ainda mais difícil Eduardo retornar ao Brasil e reassumir seu mandato. O deputado foi acusado de tentar influenciar o julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, no STF, por meio de articulações junto ao governo Donald Trump contra o Brasil e o Supremo.

Enquanto isso, no entanto, o gabinete do parlamentar continua consumindo dinheiro público. Todo mês, em média, são gastos ali R$ 132 mil. Até agosto, de acordo com dados do portal da Câmara, o mandato de Eduardo Bolsonaro havia custado R$ 1 milhão em verbas.

Eduardo Bolsonaro continua com nove assessores na ativa. Destes, seis ganham R$ 18,7 mil e um recebe R$ 23,7 mil. Ao todo, os salários consomem R$ 156 mil mensais.