No mesmo dia em que o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e voltou a sinalizar que os juros, atualmente em 15%, só devem cair em 2026, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) elevou o tom na cobrança pela queda da Selic. 

“Entendo que há espaço para o juro cair porque acredito que nem deveria estar em 15%”, disse o ministro, em entrevista nesta terça-feira, 23, ao ICL Notícias. 

Segundo Haddad, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, tomará essa decisão em conjunto com a diretoria da autoridade monetária e entregará, durante o mandato de quatro anos, um resultado consistente para o Brasil.

Na ata divulgada nesta terça-feira, 23, o Copom voltou a sinalizar que ainda não há qualquer espaço para o início do ciclo de cortes ainda em 2025. 

Os diretores do BC também confirmaram as expectativas do mercado de que há excesso de demanda na economia. Quando a atividade está aquecida, o país pode crescer acima do PIB (Produto Interno Bruto) potencial e isso pressiona a inflação. No jargão econômico significa dizer que o “hiato do produto” está em terreno positivo, como confirmaram os integrantes do Copom. Quando há ociosidade da economia, o hiato está negativo.