O clima anda pesado entre deputados e senadores. Esta semana, o Senado derrubou a “PEC da Blindagem”, na quarta-feira, 24, e aprovou na Comissão de Assuntos Econômicos o projeto de lei relatado pelo senador Renan Calheiros, dando isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.
No vai não vai, a Câmara anunciou que votaria a isenção do IR relatada por Arthur Lira, mas o deputado Paulinho da Força tentou condicionar a votação, marcada para a próxima quarta-feira, à ida ao plenário do PL que diminuiu a pena dos condenados do 8 de Janeiro. Paulinho anunciou que o projeto beneficiaria também Jair Bolsonaro.
A reação do PT na Câmara foi imediata e agora os senadores petistas já articulam a rejeição ao projeto no Senado caso ele seja aprovado pelos deputados. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner, declarou que nem anistia nem redução de pena para Bolsonaro serão aprovados pelos senadores.
Após o enterro da “PEC da Blindagem”, a ameaça de uma nova derrota no Senado fez com que a agenda da votação do PL da Dosimetria na Câmara refluísse. Agora, não se sabe quando o projeto de lei será votado.
O senador Humberto Costa celebrou o recuo, em sua rede social na noite de quinta-feira, 25. Segundo ele, é uma vitória da articulação petista contra a anistia no Congresso.
Já os bolsonaristas afirmam que, tão logo o projeto seja apresentado por Paulinho, o texto será bombardeado com emendas e destaques para colocar em pauta a anistia e não a dosimetria.