O ministro Celso Sabino (Turismo) informou nesta sexta-feira, 26, que entregou uma carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, ao sair da conversa no Planalto, ele explicou que resolveu atender a um pedido do presidente e permanecer no cargo, pelo menos até a entrega na próxima semana das obras e ações da pasta para a COP30, (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que será realizada em novembro, em Belém.
Sabino entregou a carta pressionado pelo partido, o União Brasil, que já anunciou vários prazos para que ele desembarcasse do governo, sob risco de ser expulso da legenda. “Tive uma conversa hoje com o presidente da República, em virtude da decisão do partido ao qual eu sou filiado tomou, de deixar o governo, e vim hoje aqui cumprir o meu papel, entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido”, afirmou.
Após a reunião, o ministro disse ainda que, apesar de ter entregue a carta pedindo a demissão, a decisão ficará a cargo do presidente. Enquanto isso, ele pretende continuar negociando com o seu partido uma solução para que possa continuar na pasta.
A inauguração das obras deu mais uma semana de fôlego para Sabino. “O presidente pediu que eu o acompanhasse nessa missão na cidade de Belém na próxima quinta-feira e assim nós vamos estar”, disse o titular da pasta do turismo, ao sair da reunião com o presidente. “Vou como ministro ainda”, disse.
“A minha vontade é clara. É continuar o trabalho que a gente vem fazendo e a gente tem um trabalho de diálogo mantido”, afirmou Sabino, que indicou também a vontade de Lula “de continuar o diálogo” com o União Brasil. “Eu acredito no diálogo, eu acredito que os homens públicos devem querer o que é melhor para o país”, ressaltou.