O setor de apostas entrou em campo contra a medida provisória que aumenta de 12% para 18% a taxação sobre a receita bruta das bets. Representantes das principais empresas, donas de um atuante lobby em Brasília, têm batido em gabinetes do Congresso para tentar derrubar o trecho.

As grandes bets avaliam que a MP, editada para aumentar arrecadação, pode ter efeito contrário: reduzir a atividade formal do setor, ampliar o peso das plataformas piratas e abrir espaço para a evasão fiscal. Hoje, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, 52% das apostas no Brasil já estão na clandestinidade.

A movimentação passa não só por deputados e senadores, mas também pela mobilização junto aos apostadores. As empresas afirmam que a mudança inevitavelmente reduzirá as cotações oferecidas aos jogadores, conhecidas como odds. Por isso, as companhias não descartam a ideia de veicular propagandas apontando a MP como causadora de uma redução nas cotações, caso a taxação passe no Congresso.

O incômodo do setor com o governo também inclui as discussões sobre restringir publicidade do setor e o que se entende como falta de ações contra a concorrência irregular.