Antes do bate-boca que protagonizou com Ronaldo Caiado no final de semana, Ciro Nogueira já vinha sendo alvo de críticas no União Brasil, partido com o qual o seu PP oficializou uma megafederação em agosto.
Uma ala da sigla de Caiado andava descontente por entender que Ciro não agiu com André Fufuca, ministro do Esporte, do PP, com o mesmo rigor que o União aplicou a Celso Sabino, ministro do Turismo, sobre o desembarque do governo Lula.
Depois de entregar uma carta de demissão, em 26 de setembro, Sabino acabou decidindo ficar no governo e vai enfrentar um processo de expulsão do União Brasil. Embora tenha dado um ultimato a Fufuca, Ciro Nogueira tem descartado expulsá-lo do PP. A punição seria tirar do ministro, seu aliado, o comando do partido no Maranhão.
Tanto André Fufuca quanto Celso Sabino almejam ser candidatos ao Senado no ano que vem por Maranhão e Pará, respectivamente, com apoio de Lula. “Dos males, o menor. Se for escolher entre mandar no PP no estado e o apoio do presidente para o Senado, Fufuca vai com Lula”, avaliou uma liderança do União.
Nessa segunda-feira, 6, o ministro do Esporte ratificou essa posição. “Eu estou com Lula”, disse André Fufuca ao lado do presidente em Imperatriz (MA).
Ao criticar Ciro Nogueira abertamente, por meio do X, no domingo, 5, Ronaldo Caiado disse que o presidente do PP não é porta-voz de Bolsonaro e o classificou como “senador de inexpressiva presença nacional, que um dia já jurou amor eterno ao Lula”.
Ciro devolveu a gentileza. Escreveu que o colega de federação “deve estar com o tempo livre” e reafirmou que o adversário do grupo deles é Lula.