Com orações do Pai Nosso, juras de amor a Israel e gritos em defesa de Jair Bolsonaro, manifestantes se reuniram nesta terça-feira, 7, em Brasília para pedir anistia dos condenados pela tentativa de golpe de Estado na última transição de governo. O ato teve início em frente à Catedral Metropolitana e seguiu até o Congresso Nacional.

Uma das presentes vestia uma camiseta do Brasil e estava acompanhada de duas amigas. Ao redor, manifestantes exibiam faixas com os dizeres “anistia já” e bandeiras dos Estados Unidos e de Israel. “Acredito na anistia. Acredito que as prisões do 8 de Janeiro não são por crimes e sim por política. Vim para lutar pelo Brasil”, afirmou a manifestante, em conversa com o PlatôBR.

Em cima de um caminhão com equipamento de som, o pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, criticou a proposta negociada pelo relator do projeto de anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que procura um texto que reduza as penas, mas não perdoa os crimes. “Dosimetria é conversa fiada para boi dormir. Nós não somos bois. Dosimetria não é papel do Congresso. Papel do Congresso é conceder anistia”, afirmou Malafaia.

Michelle Bolsonaro também discursou: “Não dá pra falar que a anistia é inconstitucional (…). A dosimetria não vai apagar o passado dessas pessoas nem tirar a dor delas. Apenas a anistia ampla e irrestrita vai pacificar a nação (…). Anistia é constitucional. Lula, FHC, Alckmin e Temer já votaram a favor. Temer vem agora com esse papo de dosimetria, mas não vai apagar o passado nem acabar com a dor.”

O evento contou também com a presença de parlamentares bolsonaristas, entre eles o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Hélio Lopes (PL-RJ), Alberto Fraga (PL-DF) e Joaquim Passarinho (PL-PA).