O Índice de Miséria do Brasil, que soma as taxas de desemprego e inflação, deve atingir 10,6% em 2025, o menor patamar da história, segundo o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David. O resultado considera as projeções de 4,8% para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e de 5,8% para a taxa de desocupação. Em 2024, o indicador foi de 11,4%, o recorde vigente.
Esse dado tem sido apresentado por David a investidores durante encontros paralelos que ocorrem em Washington, nos Estados Unidos, durante a reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), que ocorre entre esta terça-feira, 14 e a próxima quinta-feira, 16.
O diretor BC ainda afirmou que, com o desemprego baixo, a renda real disponível para os brasileiros cresce em ritmo forte. Esse resultado é impulsionado pela regra de correção do salário mínimo e deve ganhar ainda mais tração com a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Apesar da redução das desigualdades, o debate sobre os desequilíbrios fiscais do país mostra que, sem um ajuste das contas públicas, o país corre um risco de conviver, novamente, com inflação e desemprego em alta.