Com a indicação para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF muito bem encaminhada para Jorge Messias, Rodrigo Pacheco já pensa em suas alternativas políticas. Aliados do senador mineiro têm dito que ele deseja ser vice de Lula em 2026 — em um cenário, hoje improvável, de Geraldo Alckmin disputar outro cargo, como o governo de São Paulo.

Lula já deu indicações de que gostaria que o senador disputasse o governo mineiro, mas, para esses interlocutores ouvidos pela coluna, Pacheco só entraria na disputa se tivesse chances reais de vencer.

Pacheco deve deixar o PSD, mas tem destino incerto na próxima eleição. Estão no páreo pelo menos dois partidos: União Brasil e MDB.

O partido de preferência dele seria o MDB, com o qual ele tem ligações históricas. Caso decida ingressar no União Brasil, uma aliança com Lula ficaria mais difícil, pois, além de deixar a base do governo, o partido tem como presidente um crítico e desafeto do petista, Antonio Rueda.

A relação de Rodrigo Pacheco com o PSD azedou de vez com a filiação do vice-governador de Minas, Mateus Simões, à sigla. Simões é o nome de Romeu Zema para sua sucessão e tem uma relação próxima com o presidente do PSD mineiro, o deputado estadual Cássio Soares.

Apesar das pretensões de Pacheco, o PSB, partido de Geraldo Alckmin, quer repetir a dobradinha com Lula. O passe de Alckmin se valorizou no governo em razão da sua atuação para atenuar os danos do tarifaço de Donald Trump.