O governo Lula e a sua base aliada no Congresso têm alguns temores com a CPI do Crime Organizado, que será instalada no Senado nesta terça-feira, 4.
Diferente da CPI mista do INSS, ressaltam petistas, a esquerda não tem uma acusação forte contra a direita, como, por exemplo, o início do escândalo ter ocorrido durante o governo de Jair Bolsonaro.
Preocupa também a união da direita em torno do tema após a megaoperação do governo do Rio de Janeiro, que resultou em um massacre com 121 mortos na última terça-feira, 28. O governo considera que Cláudio Castro e o campo bolsonarista saíram “vitoriosos” na discussão sobre segurança pública.
Além disso, a oposição terá maioria na CPI, podendo transformar a comissão em um palco político contra as medidas do governo Lula na área da segurança. Entre os senadores indicados para a titularidade no colegiado estão nomes como Flávio Bolsonaro e Sergio Moro.
O senador licenciado Marcos do Val foi indicado como membro titular, mas, caso não assuma o posto, deve ser substituído por Márcio Bittar, do PL do Acre. Aliado de Bolsonaro, Magno Malta é outro nome escalado como membro titular do colegiado, que também tem Eduardo Girão como suplente.
