O presidente do PT, Edinho Silva, se reuniu na manhã desta quarta-feira, 5, com Requião Filho, do PDT, que vai concorrer ao governo do Paraná contra o senador Sergio Moro. É a segunda reunião, em menos de uma semana, dos líderes petistas com Filho, que deixou a legenda este ano, depois de muita briga. A paz agora gira em torno de fazer uma frente contra o ex-juiz, favorito na corrida paranaense.

Edinho Silva disse a Requião Filho que o PT quer, em contrapartida, apenas a indicação da vaga de candidato ao Senado. Os petistas têm dois nomes para a disputa, o diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, e o deputado federal Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu. A primeira reunião foi com a ministra Gleisi Hoffmann, sexta-feira, no Paraná.

Na conversa em Brasília, Edinho Silva disse que a legenda não está interessada na vaga de vice-governador, o que abre espaço para que Requião redobre os esforços para aglutinar partidos como PSB, Rede e Avante. Mas o sonho de consumo de Requião Filho seria a adesão do MDB.

“Seria um retorno à minha origem˜, comentou o pré-candidato.

Depois da reunião com Edinho Silva, Requião Filho foi, acompanhado do presidente do PT paranaense, Arilson Chiorato, ao encontro do presidente do PDT, Carlos Lupi, que negocia com os petistas uma aliança mais ampla para outros estados em 2026. Lupi quer trazer o PT para as campanhas de Alexandre Kalil, em Minas, e de Juliana Brizola, no Rio Grande do Sul. Em troca, o partido apoiaria os petistas no Nordeste.