BUENOS AIRES – Um réu do 8 de Janeiro que vive na Argentina interrompeu nesta quinta-feira, 6, um debate com Gilmar Mendes no Fórum de Buenos Aires, organizado pelo IDP, empresa do ministro.
Dizendo-se “refugiado”, Symon Castro, acusado no STF pela depredação nas sedes dos três Poderes, dirigiu-se a Gilmar dizendo que não há provas contra ele. O brasileiro afirmou que está há três anos sem ver seus filhos e desde então vive na Argentina. O julgamento dele no STF está marcado para sessão virtual entre 14 e 25 de novembro.
Ele será julgado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
“O senhor tem feito um bom papel. Mas Alexandre de Moraes acusa outros que estão aqui no nosso meio de 14 a17 anos de prisão sem nem ter prova de eu ter entrado dentro dos prédios”, afirmou Castro, depois de seguranças tentarem tirar ele do local num primeiro momento.
Ele estava com o celular à mão quando interrompeu o debate e filmou a própria ação. Castro estava com um crachá oficial do evento.
“Existem pessoas de bem no meio do dia 8, sim, e que não cometeram [crime]”, continuou.
Gilmar Mendes ouviu o protesto e não disse nada. O banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, retomou o debate no Fórum do IDP, que incluía também o ex-presidente da Colômbia Ivan Duque.
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