Delegados da Polícia Civil do Rio de Janeiro avaliam que Felipe Curi, secretário de Polícia Civil do estado, não será candidato ao governo, mas a deputado federal.

A avaliação é de que Curi deve seguir os passos — tortos — de Allan Turnowski, secretário de Polícia Civil de Cláudio Castro em 2022. Turnowski foi candidato à Câmara dos Deputados pelo PL na última eleição, mas acabou preso por suposto envolvimento com a cúpula do jogo do bicho semanas antes do pleito.

Curi é considerado pupilo de Turnowski na corporação e chegou, inclusive, a fazer campanha pelo ex-chefe. Mensagens apreendidas na operação que levou à prisão de Turnowski mostraram que Curi foi mencionado em uma conversa entre o ex-secretário e o delegado Maurício Demétrio — preso desde junho de 2021 por corrupção, associação criminosa, obstrução à Justiça, lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Em um diálogo sobre as articulações para a sucessão no comando da Polícia Civil, em 6 de setembro de 2020, Demétrio disse: “Cury [sic] é ótima alternativa”. Turnowski respondeu: “Não sei. Acho muito imaturo. Mas é nosso”.

Após a megaoperação que resultou em um massacre com 121 mortos, Curi vem rechaçando qualquer associação de seu nome a intenções eleitorais. O governador Cláudio Castro, por sua vez, foi criticado por ter promovido uma ação considerada “eleitoreira”.