Com o novo estudo do BNDES apontando que abandonar Angra 3 custaria mais caro do que concluí-la, aumentou a cobrança por uma decisão do governo. O deputado Julio Lopes, do PP do Rio de Janeiro, defendeu que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) precisa deliberar a questão ainda em novembro.
“Não dá mais para postergar”, afirmou o presidente da Frente Parlamentar da Tecnologia Nuclear.
O relatório entregue ao Ministério de Minas e Energia mostra que encerrar o projeto representaria uma perda de R$ 22 bilhões a R$ 26 bilhões, valor superior ao necessário para concluí-lo, estimado em R$ 24 bilhões. A Eletronuclear estima a entrada em operação comercial da usina em 2033.
Segundo o estudo, a tarifa de equilíbrio ficaria entre R$ 778 e R$ 817 por MWh, abaixo do custo médio das térmicas de grande porte, reforçando a competitividade da energia nuclear. O projeto já consumiu cerca de R$ 12 bilhões e custa R$ 1 bilhão por ano apenas para ser mantido. Desde o esgotamento dos recursos da ENBPar em 2024, a Eletronuclear tem usado receitas das usinas Angra 1 e 2 para sustentar o empreendimento.
