Associações de fintechs apresentaram ao Banco Central um pacote de propostas para reforçar a segurança do sistema financeiro dessas empresas e reduzir golpes virtuais. O movimento ganhou força após uma escalada de golpes relatados nas últimas semanas.

Entre as sugestões está a possibilidade de bloqueio preventivo de valores por até 96 horas em transações com indícios de fraude, permitindo tempo para apuração. Outra proposta é criar regras específicas para operações realizadas entre 22h e 6h, faixa em que se concentram as tentativas de invasão de contas e transferências indevidas.

Entre as entidades que assinam as sugestões estão a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que reúne os maiores bancos do país.

A preocupação dos grandes bancos com as fintechs se deve ao fato de hackers usarem essas empresas como porta de entrada para o sistema financeiro. Por terem estruturas de segurança mais frágeis que as dos “bancões”, as fintechs viraram alvo preferencial de ataques virtuais que buscam, a partir delas, se infiltrar em instituições maiores e desviar quantias mais altas.

As fintechs afirmam que o objetivo é atualizar os mecanismos de proteção diante da crescente sofisticação das fraudes digitais.