Em uma derrota para Ricardo Nunes e as articulações políticas do prefeito de São Paulo em Brasília, a Câmara rejeitou no início da noite desta quarta-feira, 12, o regime de urgência para o projeto de lei que pode barrar o serviço de transporte por aplicativo em motocicletas, o mototáxi. O requerimento de urgência teve 350 votos contrários, 72 favoráveis e quatro abstenções.
Apoiado por Nunes, o texto apresentado em setembro pelo deputado Maurício Neves, do PP de São Paulo, obriga municípios com mais de 500 mil habitantes a conduzirem estudos prévios sobre o serviço, inclusive no sistema de saúde, antes de liberarem o mototáxi.
O prefeito paulistano vinha falando abertamente do seu empenho nas articulações pelo projeto de Neves. O texto tem a simpatia de empresários de ônibus.
A rejeição da urgência ao projeto sobre o mototáxi, aliás, foi a segunda de Nunes nos últimos dias. Na segunda-feira, 10, o STF declarou inconstitucional a lei estadual de São Paulo que restringia o transporte em motos via app e dava aos municípios a prerrogativa de vetarem ou não o serviço.
A decisão do STF foi criticada por Ricardo Nunes, que disse que intensificaria as articulações junto à Câmara.
