André Mendonça irritou bolsonaristas da política e das redes sociais ao declarar apoio à indicação de Jorge Messias ao STF por Lula e anunciar que irá ajudá-lo na interlocução com o Senado.
Diante do que se anuncia como retaliação de Davi Alcolumbre a Messias, após ter sido ignorado por Lula na escolha, o indicado precisará mesmo de ajudas — no plural. Como mostrou a coluna, Alcolumbre tem ligado a senadores para dizer que vai trabalhar contra o advogado-geral da União. Ele queria que Rodrigo Pacheco tivesse sido escolhido.
O próprio Mendonça já sentiu na pele como Alcolumbre pode ser hostil nesse exato tipo de situação. Quando o ministro “terrivelmente evangélico” foi indicado por Jair Bolsonaro, em 2021, Alcolumbre, então presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, segurou sua sabatina de julho a novembro.
À época, Davi Alcolumbre era um defensor da indicação do então chefe da PGR, Augusto Aras, para a vaga deixada no Supremo por Marco Aurélio Mello. A retaliação, afinal, não funcionou, mas incomodou Mendonça.
