Dos condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no processo da trama golpista que começaram a cumprir a pena nesta terça-feira, 25, o único enviado para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, é o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, o mais destacado dos condenados, conseguiu se livrar do presídio e seguirá na cela especial onde já estava preso preventivamente desde o fim de semana, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Para Anderson Torres foi reservada uma cela dentro de uma unidade da Polícia Militar na Papuda (foto), conhecida como Papudinha. Nessa mesma ala chegou a ser preparado um espaço especial para Bolsonaro, caso ele fosse enviado para o complexo prisional, localizado nos arredores de Brasília. Ao decidir deixar Bolsonaro na PF, Moraes lembrou que o presidente Lula, que esteve preso por 580 dias em Curitiba após ser preso pela Operação Jato, também foi recolhido às dependências de uma unidade da PF.
Veja a seguir os locais para onde foram enviados todos os condenados que começaram a cumprir pena nesta terça:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente – cela especial na sede da Superintendência Regional da PF em Brasília
- Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa – cela na Vila Militar do Exército, no Rio de Janeiro
- Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha – Estação Rádio da Marinha, em Brasília
- Augusto Heleno Ribeiro, general e ex-ministro-chefe do GSI – Comando Militar do Planalto, em Brasília
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa – Comando Militar do Planalto, em Brasília
- Anderson Torres, delegado da Polícia Federal e ex-ministro da Justiça – Papudinha, em Brasília
O único dessa primeira leva de condenados que ainda não começou a cumprir pena é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no governo Bolsonaro. Como revelou o PlatôBR, ele fugiu para os Estados Unidos.
Antes mesmo da decisão que determina o início do cumprimento das penas, Moraes já havia decretado a prisão preventiva do parlamentar. Agora, o ministro ordenou que a Câmara dos Deputados seja comunicada da decisão do STF que determinou a perda do mandato de Ramagem. Também mandou incluiu o nome do deputado em um banco de dados que lista foragidos da Justiça.
