Embora o estilo incisivo de Lindbergh Farias seja costumeiramente alvo de críticas entre petistas, a bancada do partido considerou acertada a postura do líder do PT em relação ao presidente da Câmara, Hugo Motta. Os dois estão rompidos, por iniciativa de Motta.

O apoio a Lindbergh foi externado na reunião da bancada nessa terça-feira, 25. O entendimento dos petistas é que ele expressou a Motta uma indignação que tomou conta do PT quando o presidente da Câmara escolheu Guilherme Derrite, secretário de Segurança de Tarcísio de Freitas, para relatar o projeto de lei antifacção, agora no Senado.

“Ao dizer que se nega a dialogar com Lindbergh, Motta não está sendo nem original porque seu mentor, Arthur Lira, também não conversava com o Alexandre Padilha [então ministro de Relações Institucionais do governo Lula]. Agora, quando Motta fala que não quer dialogar com Lindbergh, na verdade ele não quer é dialogar com o PT”, avaliou à coluna o deputado Rui Falcão.

Outros parlamentares ouvidos pela coluna reiteraram o apoio a Lindbergh Farias, que não mudará de tom em relação a Hugo Motta, a quem chamou de “imaturo”.

Um dos parlamentares, que tem mais interlocução com Motta, afirmou que o presidente da Câmara tem sentido que seus esforços de conciliação não têm sido valorizados, o que o levou a romper também com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante.