Depois de Davi Alcolumbre agendar a sabatina de Jorge Messias na CCJ do Senado para 10 de dezembro, a data, tão próxima, tem sido atribuída por governistas a uma óbvia estratégia para dificultar as articulações pró-Messias.
Aliados de Lula no Senado, além disso, têm classificado com jogo de “perde-perde” a postura de Alcolumbre. Apoiador da escolha de Rodrigo Pacheco ao STF, ele foi contrariado por Lula na definição do sucessor de Luís Roberto Barroso.
O raciocínio sobre o “perde-perde” leva em conta que, se o chefe da AGU for aprovado no Senado, o presidente da Casa contará com a antipatia de mais um membro do Supremo — André Mendonça é considerado o primeiro e mais notório desafeto de Alcolumbre no STF, exatamente em razão da atuação do senador contra a nomeação dele, em 2021.
Além disso, esses aliados de Lula entendem que, na hipótese de Messias ser rejeitado, seria zero a chance de ser escolhido um nome agradável a Davi Alcolumbre.
“O choro e o ranger de dentes valem só até o presidente fazer a indicação. Depois disso, perdem o sentido”, avaliou um senador da base aliada.
