O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou na manhã desta quinta-feira, 27, que ainda não definiu qual será o rito do processo que pode levar à perda de mandato do deputado foragido Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ao ser abordado pela imprensa, respondeu apenas que “tudo está caminhando” e que vai “ver a decisão para poder decidir”, evitando antecipar qualquer posição.

A declaração ocorreu durante a convenção do PSDB, que elegeu Aécio Neves como presidente nacional do partido. Motta chegava ao evento quando foi questionado e manteve o tom reservado diante das perguntas sobre o futuro do deputado.

A fala reacende o paralelo com o caso Carla Zambelli. Em junho, após a condenação da deputada pelo STF, Motta encaminhou a determinação de perda de mandato à CCJ, adotando o procedimento padrão da Câmara — que inclui relatoria, prazo de defesa e posterior análise antes de eventual votação no plenário.

Questionado se Ramagem seguirá a mesma trilha, o presidente disse que ainda não tem “convicção formada” e que pretende ouvir o setor jurídico da Câmara antes de decidir.