Mesmo após o Tribunal de Contas de São Paulo (TCE–SP) suspender a relicitação da Vila Olímpica Mário Covas por falhas técnicas, o governo paulista decidiu ampliar tanto o custo quanto o prazo para concluir o complexo esportivo.
A Secretaria de Esportes publicou no Diário Oficial da quinta-feira, 27, a destinação de R$ 24,7 milhões à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) para conduzir um novo processo licitatório. O movimento ocorreu antes de o edital suspenso pelo TCE-SP ter sido corrigido.
O valor destinado pela Secretaria de Esportes mais que dobrou o custo que faltava para concluir a obra com a empresa original, cerca de R$ 12 milhões. Já haviam sido executados 82% do projeto e faltavam seis meses para que os 18% restantes fossem concluídos. O cronograma também foi alargado: 18 meses, o que empurra a entrega do complexo para 2027.
Como a coluna revelou, o TCE-SP identificou que o edital barrado se baseava em memoriais de 2022, ignorava o estágio real da construção e abria margem para sobreposição de serviços e desperdício de recursos públicos.
