Fernando Haddad fará um périplo pelos gabinetes do Tribunal de Contas da União (TCU) na manhã da quarta-feira, 3, horas antes do julgamento que vai definir qual interpretação prevalecerá sobre a meta fiscal de 2026.

A corte de contas vai analisar se o Executivo terá de mirar o centro da meta fiscal, com superávit de 0,25% do PIB, ou se poderá seguir buscando o limite inferior da banda, como defende a equipe econômica. A decisão tende a definir o grau de liberdade fiscal do governo no próximo ano e explica por que Haddad recorrerá ao corpo a corpo horas antes da votação.

Até agora, apenas o relator do caso, Benjamin Zymler, posicionou-se no julgamento. Ele indicou voto pela obrigatoriedade de adotar o centro da meta, entendimento que elevaria o esforço fiscal em cerca de R$ 34 bilhões em um ano eleitoral.

Enquanto isso, o Congresso atrasou a tramitação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026. Segundo parlamentares, o texto dificilmente avançará antes de o TCU bater o martelo.